Família de bebê de 1 ano e 2 meses agredida em berçário no Recife acusa colégio de omissão
30/09/2024
Segundo parentes da vítima, duas crianças foram deixadas sozinhas e sem monitoramento pelos funcionários da instituição. Polícia investiga o caso como lesão corporal. Fachada do berçário do CFC Baby, no bairro do Rosarinho, na Zona Norte do Recife
Reprodução/Google Street View
A família da bebê de 1 ano e 2 meses que foi agredida dentro de um berçário no Recife acusou de omissão o CFC Baby, do Colégio Fazer Crescer. Segundo familiares da vítima, a menina foi arranhada e mordida por outra criança, de 2 anos, enquanto as duas estavam sozinhas e sem supervisão da instituição. O caso é investigado pela Polícia Civil como lesão corporal.
As informações foram repassadas por meio de um pronunciamento divulgado nesta segunda-feira (30), em que a família da vítima afirma que vai usar "todos os expedientes jurídicos para responsabilizar a escola". Ainda de acordo com a nota, as agressões aconteceram na quarta-feira (25), enquanto as crianças estavam juntas para o período chamado "soninho da manhã".
Inicialmente, a família da criança agredida acusou o CFC Baby de omissão e negligência e afirmou que "a escola foi negligente ao não providenciar imediato socorro médico". Após a publicação desta reportagem, informou ao g1 que retirou a acusação de negligência da nota.
No texto, a família da criança também disse que:
não havia nenhum funcionário fazendo o monitoramento presencial da sala;
a babá eletrônica usada pelo CFC Baby não estava funcionado, pois uma funcionária esqueceu de ligar o aparelho ao deixar as crianças sozinhas;
após as agressões, o CFC Baby demorou para avisar à mãe da bebê sobre o ocorrido.
"Fotos feitas após as agressões e um laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) mostram que a criança sofreu múltiplas lesões que, por pouco, não resultaram em consequências físicas mais graves, mas que podem implicar traumas psicológicos severos", disse a família da criança agredida, na nota.
O caso é investigado pela Polícia Civil após ter sido registrado na Delegacia de Crimes contra Criança e Adolescente. "As investigações foram iniciadas e seguem em andamento até a completa elucidação do caso", informou a corporação em nota enviada na sexta-feira (27).
O que diz o colégio
Nesta segunda-feira (30), o g1 voltou a procurar a assessoria do CFC Baby para saber se a instituição vai se manifestar sobre o que disse a família da criança agredida. A escola respondeu com uma nota, na qual diz que:
Sempre atuou com responsabilidade, compromisso e atenção e, desde a ocorrência do fato, no dia 25 de setembro, vem se disponibilizando a apoiar as famílias envolvidas.
Tentou contato com o pai da criança atingida duas vezes e uma vez com a mãe, mas não recebeu retorno. Entende que o momento é delicado e está à disposição da família.
Assim que ocorreu o fato, a equipe atendeu primeiramente as duas crianças e, na sequência, chamou as mães.
O berçário não levou a criança ao hospital, como é procedimento em casos mais graves, pois se tratavam de arranhões e mordidas.
Após o ocorrido, enquanto a mãe se dirigia ao berçário, a criança foi cuidada, tomou banho, se acalmou e almoçou. Quando a mãe chegou, a filha estava calma e sem chorar.
Foram revistos protocolos e rotinas para elevar os níveis de monitoramento e segurança das crianças.
O CFC Baby está contribuindo com as investigações e entregou as imagens do circuito interno de câmeras para os devidos esclarecimentos.
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